quarta-feira, 9 de julho de 2014

“O modelo dos modelos”
Italo Calvino

Houve na vida do senhor Palomar uma época em que sua regra era esta: primeiro, construir um modelo na mente, o mais perfeito, lógico, geométrico possível; segundo, verificar se tal modelo se adapta aos casos práticos observáveis na experiência; terceiro, proceder às correções necessárias para que modelo e realidade coincidam. [..] Mas se por um instante ele deixava de fixar a harmoniosa figura geométrica desenhada no céu dos modelos ideais, saltava a seus olhos uma paisagem humana em que a monstruosidade e os desastres não eram de todo desaparecidos e as linhas do desenho surgiam deformadas e retorcidas. [...] A regra do senhor Palomar foi aos poucos se modificando: agora já desejava uma grande variedade de modelos, se possível transformáveis uns nos outros segundo um procedimento combinatório, para encontrar aquele que se adaptasse melhor a uma realidade que por sua vez fosse feita de tantas realidades distintas, no tempo e no espaço. [...] Analisando assim as coisas, o modelo dos modelos almejado por Palomar deverá servir para obter modelos transparentes, diáfanos, sutis como teias de aranha; talvez até mesmo para dissolver os modelos, ou até mesmo para dissolver-se a si próprio.
Neste ponto só restava a Palomar apagar da mente os modelos e os modelos de modelos. Completado também esse passo, eis que ele se depara face a face com a realidade mal padronizável e não homogeneizável, formulando os seus “sins”, os seus “nãos”, os seus “mas”. Para fazer isto, melhor é que a mente permaneça desembaraçada, mobiliada apenas com a memória de fragmentos de experiências e de princípios subentendidos e não demonstráveis. Não é uma linha de conduta da qual possa extrair satisfações especiais, mas é a única que lhe parece praticável.


                O modelo de educação não pode ser mais exato, único. Vários modelos são necessários, buscar aquele que venha de encontro com sua atual realidade, e nossa atual realidade diz que nossos alunos são diferentes, o que serve para um nem sempre servirá para o outro. Os resultados esperados nem sempre serão os mesmo.    
         Penso nos vários planejamentos construídos para meu aluno, quantas expectativas em relação ao resultado deste trabalho que nem sempre corresponde as expectativas esperadas. Muitas vezes é preciso rever as verdadeiras prioridades. Hoje durante o atendimento de AEE de um aluno conversava com a profissional de apoio sobre  como é difícil atingir o aluno, quantas opções são oferecidas e ele se nega a aceitar, ao mesmo tempo que conversávamos o quanto este aluno evoluiu no campo da linguagem. Então porque se apegar aquilo que tem mais dificuldade quando vem respondendo consideravelmente em outro aspecto?Precisamos apagar da mente os modelos e os modelos de modelos.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

RECURSOS E ESTRATÉGIAS  EM BAIXA TECNOLOGIA PARA ALUNOS COM TGD

Jogos de mímica:  (Imagem e Ação, por exemplo): Ao transmitir sem palavras
sentimentos ou situações, a criança organiza seu pensamento lógico e busca
compreender causas e conseqüências para melhor se expressar.

Sugestões de Atividades Interativas
Atividades Interativas  servem  para auxiliar crianças e adultos com autismo a interagir e
desenvolver suas habilidades sociais.
As metas educacionais de algumas atividades podem ser modificadas de acordo com as
necessidades de cada pessoa. Por exemplo, no Pega-Pega Surpresa, a meta apresentada
é o aumento do contato visual, mas poderia ser também a comunicação verbal, e o
facilitador então solicitaria que a criança, ao invés fazer contato visual através dos
buracos do lençol, falasse uma palavra ou uma sentença para dar continuidade ao pega-pega, de acordo com o estágio de desenvolvimento da comunicação verbal da criança.
*Sinal Verde para Interação: Depois de um período de isolamento, a criança
demonstrará estar disponível para uma interação social através de um “Sinal Verde”.
Há 3 tipos de Sinais Verdes: Contato visual; Comunicação verbal; Contato físico.
1. Caça ao Quebra-Cabeça
Meta: Inspirar um aumento do intervalo de atenção compartilhada.
Motivações / Interesses: Figuras, quebra-cabeças e passeios pela sala /escola.
Preparação:  Imprima da internet ou desenhe uma versão grande de um dos personagens
favoritos da criança (Barney, Backyardigans, Mickey, etc.). Plastifique com papel
contact (para tornar o material mais durável) e corte e pedaços para fazer um quebra-cabeça. 
Início da Atividade: Quando a criança oferecer a você um “Sinal Verde para Interação”,
apresente a atividade pegando uma ou duas peças do quebra cabeça. Explique
animadamente que figura será formada quando vocês pegarem todas as peças. Diga
também que a maneira de pegar mais peça  será  ela  ir passear pela sala ou pelas
dependências da escola com você. Aproveite esse momento para lhe apresentar os
colegas de classe e pessoas da escola.
Passeie com a criança pela sala e pegue uma peça por vez, e a leve até a mesa para
juntar a peça ao quebra cabeça.  Se a criança não  quiser passear com você,  procure
convidá-la outras vezes quando ela oferecer Sinais Verdes até que ela  aceite passear.
Demonstre para a criança como pode ser divertido observar a figura crescer e se tornar o
personagem.
2. Pescando as Sentenças
Meta: Estimular a utilização de sentenças mais longas.
Motivações / Interesses: Atividades físicas (ex: passear de cavalinho, balançar, rodar,
pular na bola grande, etc.)
Preparação:  Em letras bem grandes, escreva as sentenças que descrevem atividades que
você acredita que sua criança terá interesse em participar. Por exemplo: “Eu quero
passear  no pátio”, “Eu quero  ir à sala de leitura”,  “Eu quero pular  amarelinha”, “Eu
brincar com avião”.  Escreva quantas sentenças você conseguir inventar para ações que
você vai oferecer. Plastifique as sentenças para que elas possam ser reutilizadas.  
Início da Atividade:  Quando sua criança oferecer um Sinal Verde,  “pesque” uma
atividade, leia para ela e a convide para realizá-la juntos.  Quando sua criança estiver
bem motivada dentro da atividade, você pode pedir para que ela leia a sentença inteira
ou para que repita depois de você. E você oferece a ação motivadora.  
3. Conversa com os Dados
Meta: Conversação com conteúdo social.
Motivação / Interesses: O assunto que sua criança goste de conversar (ex: carros, etc.).
Preparação:  Faça dois dados gigantes. Um dado será o dado das “situações”, cada face
terá uma situação diferente relacionada com a área de interesse de sua criança (ex: o
carro quebrando, comprando um novo carro, etc.). No  outro dado, escreva em cada face
nomes de pessoas que sua criança conhece (ex: membros da família,  amigos da escola,
professora e o nome da criança).
Início da Atividade: Explique para a criança que neste jogo, cada um tem a sua vez para
jogar ambos os dados ao mesmo tempo. A combinação entre a situação e o nome da
pessoa ditará  o  assunto  da conversa. A idéia é conversar sobre como aquela pessoa
agiria naquela determinada situação. Queremos encorajar conversas que tenham o foco
em informações pessoais.  Se  você jogar os dados e obtiver a mesma combinação uma
segunda vez, jogue o dado dos nomes novamente até que você tenha um nome diferente
para iniciar a conversa.
Descreva a situação de forma animada, divertida, e bem detalhada. Procure adicionar na
sua descrição vários interesses da criança. Por exemplo, se a criança gosta de humor
tipo “pastelão”, inclua na história pessoas escorregando ou deixando coisas cair, etc.
Estimule a criança a ter a vez dela. Auxilie a criança a contar a história o quanto você
achar necessário.  Quando a criança entender bem o mecanismo do jogo e estiver
altamente motivada, comece a introduzir desafios maiores. Ofereça menos auxílio, fique
em silêncio e espere que a criança ofereça mais idéias espontaneamente. Se necessário,
ofereça algumas dicas relativas à personalidade daquela pessoa específica (ex: “Você se
lembra como o Beto gosta de conversar o tempo todo? O que você acha que ele faria se
o carro dele quebrasse?”).
4. Invente uma história engraçada para estimular a fala espontânea.
Faça uma pilha de cartões com uma palavra ou desenho em cada um, as palavras devem
estar relacionadas aos interesses do aluno autista.  Inclua nas fichas, uma que tenha o
ponto de interrogação.  Inicie então  uma história  utilizando  uma cartolina.  Inicie a frase
e faça uma pausa, pegue um cartão e use a palavra para completar a frase. Se você pegar
um ponto de interrogação, você ou a pessoa podem inventar qualquer palavra para
escrever naquele ponto da história. Quanto mais engraçada e sem sentido a  história
melhor!
5. O entrevistador!
Encorajar a conversação através da dramatização de vários personagens.
Leve  um gravador para  a sala, o aluno deverá entrevistar os diversos personagens do
desenho ou livro escolhido. Estimule o aluno a entrevistá-lo por 3 minutos.  

TRABALHAR SOCIALIZAÇÃO E ORALIDADE
Para trabalhar o nome dos colegas da sala, pode-se utilizar esse tipo de chamada.    O
aluno autista  coloca a foto dos colegas que estão presentes, nomeia–os e realiza a
contagem dos presentes. É uma  maneira lúdica e que geralmente surte efeito na
aprendizagem e socialização do aluno.
Para trabalhar o nome dos  familiares e o parentesco, pode-se utilizar vários  tipos de
recursos lúdicos.  O aluno autista, coloca a foto do  familiar e nomeia–o ou coloca-se
frases sobre o que está fazendo na foto. 
Utilizar fichas com figuras ou pranchas de comunicação para que o aluno autista
consiga entender e observar o passo a passo da regra / assunto trabalhado

TRABALHANDO A ROTINA
Uma característica do aluno autista é a necessidade de ter segurança em sua rotina
diária, para auxiliar nessa necessidade podemos montar a rotina semanal utilizando
fichas / cartaz organizando  a  rotina diária/semanal  do aluno Autista.  Utilizar  o  sistema
baseado em figuras ou fotos selecionadas de acordo com as necessidades e/ou interesses
individuais. Quando o autista estabelece a associação entre a atividade e o símbolo
facilita tanto a comunicação quanto à compreensão.
Organizar o ambiente físico da sala de aula a partir de placas que tenham desenhos para
indicar coisas básicas como: Ir ao banheiro, comer, beber água, um brin quedo
especifico, sair de sala, etc. Essas placas devem ser trabalhadas com o aluno autista e
esse com o tempo poderá se comunicar com a professora e os colegas mostrando o que
quer.
Pegar o desenho de alguns animais, que comecem com aquelas letras,  realizar a análise
sonora / gráfica, ensinando o aluno a associar o desenho com a letra inicial
Trabalhando a escrita da palavra / sílaba
Trabalhando a letra inicial
Trabalhando Antônimos
Relacionar figuras diversas sobre um mesmo tema
Trabalhando a Escrita de palavras com material de apoio
Utilizando Quebra Cabeça para trabalhar reconhecimento da escrita e
alimentação
Utilizando quebra cabeça formação do desenho e da palavra
• Seqüência numérica;
• Identificação dos personagens
Os materiais usados:
• Papel cartão nas cores vermelha, azul, amarelo,
verde e branco;
• Figuras de personagens (que podem ser adquiridas em revista, encarte de lojas de
brinquedos e internet);
• Bolas nas quatro cores primárias (essas bolas podem ser feitas com jornal amassado e
coberto com fita colorida)
• Velcro
1-Recorte o papel cartão branco no  tamanho 50cm x 50cm, essa vai ser a base (se
preferir use papelão);
2-Cada quadrado que compõe a atividade tem 2cm de altura e 7cm x 7cm de tamanho,
distribuídos nas quatro cores.
3-No fundo do quadrado cole as figuras distribuindo-as de forma que elas possam se
repetir. Foi usadas figuras do  Pica-pau,  shrek,  Xuxa,  Ben 10,  Era do gelo,  Bob Esponja,
e carros.
4-No centro de cada quadrado na parte superior cole um pedaço de velcro, onde vão ser
grudados os números.
5-Recorte o papel cartão branco no tamanho de 2cm x 3cm, cole no verso, pedaço de
velcro e na frente numere de 1 a 20.
6-No centro do tabuleiro vai ficar um quadrado maior de 14cm x 14cm onde serão
dispostos os números, bolas e tampas de pet.
Desenvolvimento:
1-  Disponha a atividade para que os alunos possam
explorar, visualizando-a e ao mesmo tempo chamando
a atenção para a atividade.
2-  Peça para identificarem os personagens e se o aluno
não verbaliza, neste momento aponte e fale o nome de
cada personagem.
3-  Peça para colocar  uma bola  no quadrado de mesma cor, também pode pedir para
colocar em um quadrado de um personagem específico.
4-  Com os números peça para o aluno grudá-los nos quadrados de forma ordenada.
Explore a atividade conforme o nível do aluno. Se o mesmo não conhece os números,
entregue cada número na mão dele pedindo para grudar no local indicado por você e vai
identificando cada um.
Também se preferir pode usar tampas de pet para usar nos quadrados pedindo ao aluno
para significar ou relacionar o número com a quantidade.
Utilizando o Tangran
A filosofia do tangram é que um todo é divisível em partes, as quais
podem ser reorganizadas num todo, como a própria concepção de
Malba Tahan sobre a matemática. Podemos dizer que o autismo
também se assemelha com esta regra do tangram, que devemos
conhecer todas as particularidades (partes) da pessoa com autismo,
para entendê-lo como um todo seguindo a regra do respeito.
O Tangram é extremamente eficiente para o desenvolvimento do
raciocínio lógico e geométrico, principalmente no que se refere às
relações espaciais. Também desenvolve a coordenação motora fina.
Para auxiliar o nosso aluno autista  a desenvolver tais
competências,  pode-se confeccionar o tangran utilizando
E.V.A. e papelão, faz-se os moldes com papelão e cola-se
o E.V.A. nos dois lados, conforme imagem ao lado.
Essas peças vão ser usadas como encaixe de uma base também feita  com Eva para cada
figura (ver figuras abaixo). Como você pode observar foi usado só duas cores para
evitar desatenção.
Este modelo de atividade com encaixes facilita muito o trabalho, principalmente  para
quem tem dificuldades na coordenação motora. Dentro do molde tem o lugar
identificado para cada peça.  Para cada nível de aprendizagem do aluno use o grau de
dificuldade adequado.
Trabalhando o Corpo Humano
Atividade de ciências  pode se tornar lúdica ao usar o corpo
da criança como molde. Usa-se se necessário,  duas folhas
de papel madeira para ficar do tamanho da criança.
Na frente do espelho,  a criança  olha o  reflexo do próprio
corpo e compara  com o corpo desenhado no papel. Durante
a atividade a professora  explica  sobre o corpo humano, o
que é, pra que serve... Depois, pode-se buscar  na Internet
um esqueleto, aumentando-o  para o tamanho real da
criança.
Novamente, a professora explica sobre o esqueleto, o que é,
qual a finalidade...  A criança  recorta  todos os ossos e cola
em seus respectivos lugares. Cada osso que  a criança  colar,
ele deve tocar nos ossos de um colega e nomear o osso.
Posteriormente,  pode-se  acrescentar outras partes como:
pulmão,  coração, cérebro, etc, até chegar nas partes
externas, cabelo, pele, unha. Mas lembrando: sempre
devemos nomear e explicar cada coisa., pois o que é comum
acontecer  com muitos autistas é  ele  falar muitas coisas que
não sabe o que significa, ler textos sem entender o que está lendo, etc...
Variação da atividade:
Nomeie cada parte do corpo com um cartão removível. Na
parte de cima do cartaz, escreva “Colorir   ______”. Peça para
a pessoa pegar o cartão que corresponde à parte do corpo que
ela quer que seja colorida e que o coloque no espaço para
completar a sentença.
Quando ela estiver altamente motivada, estimule a  criança
autista  a dizer a sentença completa. Se ela disser apenas
“colorir”, responda colorindo algo fora do corpo. Se ela disser
apenas “perna”, responda balançando a sua própria perna.
A idéia é incentivar a pessoa a dizer “colorir perna” ou “colorir
a perna” para você “entender” e colorir a perna no corpo do
cartaz.
COLORIR:
__________
Trabalhando o Número Telefônico
Este exercício trabalha o número do  telefone. Que pode ser
muito útil. Observe que primeiro há a pergunta: Qual o número
do telefone de sua casa? ( treinamos tanto a pergunta
verbalmente como por escrito.) Então,  o aluno  escreve os
números do telefone nas linhas pontilhadas. Depois no desenho
grande do telefone,  ele  simula a digitação dos números no
papel como se estivesse usando o aparelho de verdade.
Trabalhando a Leitura e a Escrita
Alguns autistas, mais  comprometidos, não conseguirão
soletrar  as sílabas das  palavras, mas todos podem  ler
algumas palavras globalmente, é só ensinar as palavras
mais importantes.
Apresentar sempre a figura com a palavra escrita, para que
ele leia a ficha globalmente. Trabalhar poucas fichas por
vez, depois que ele conseguir ler globalmente as fichas já
trabalhadas, ir incluindo outras.
Exercícios:
Decompor a palavra barata e separar as sílabas nos quadrados
acima do desenho.
Identificar as sílabas da palavra panela que estavam misturadas
dentro de uma bandeja. O aluno retira sílaba por sílaba e cola na
ordem compondo a palavra no papel  e cola  alimentos dentro da
panela. O aluno deve pesquisar em revistas os alimentos para
por na panela,  recortar  e depois colar.  Quando chegar  na hora
do almoço,  pode-se  levar o aluno  para  a  cozinha para  ele
observar o preparo de alimentos, ou enviar tal observação como
dever de casa. Observar a mãe preparando o jantar, por
exemplo.
Outra sugestão para se trabalhar a composição
da palavra partindo de sílabas misturadas. 
Jogos Interativos
WhizKidGames é um portal de jogos que tem
como objetivo ajudar as crianças autistas.
Um portal onde desenvolveram 16 jogos
focados às ações do dia a dia, como vestir, ir à
escola, etc. Apenas temos que selecionar o
jogo e começará automaticamente, sem
distrações de nenhum tipo.
http://www.whizkidgames.com/
Planet Nemo é um portal que apresenta jogos
que desenvolvem a linguagem, a inteligência
lógico-matemática e o pensamento crítico.
ttp://www.planetnemo.fr/int/Brasil/NEMO.HTM
Outras Sugestões
COMO TRABALHAR COM A CRIANÇA AUTISTA
Dificuldade  Solução
Não Prestam atenção a instruções verbais/ tem
baixa compreensão da linguagem falada.
Pistas visuais, estruturação do ambiente,
rotina previsível, apoio concreto nas regras e
informações importantes.
Baixa resistência a frustração (desiste
facilmente e pode ficar agressivo se não
consegue realizar determinada atividade).
Estruturação de jogos e atividades
(visualização de seu início, meio e fim),
aprendizagem com níveis de ajuda, inclusão
de pausas com atividades do interesse da
criança.
Distração Controle dos estímulos distrativos,
estruturação da rotina, atenção individual.
Insistência em realizar atividades restritas e de
seu próprio interesse / baixa socialização
Conduzir a rotina abrindo espaço para as
atividades de interesse em momento oportuno
(após a realização das atividades coletivas).
Dificuldade de organização  Estruturação do ambiente e das atividades;
pistas visuais,  ordenação entre atividades e
pausas.

Bibliografia
A matemática na Educação Infantil – A teoria da Inteligências múltiplas na prática escolar -Kátia S. Smole – Ed. Artes Médicas
As cem linguagens das crianças – Gandinio e Forman – Editora Artmed
Fórum Bimestral conversando sobre a inclusão – Prefeitura de Niterói
Programa Son-Rise®.
http://www.inspiradospeloautismo.com.br/Programa/Programa.html
Revista Ciranda da Educação – Autismo
Revista Guia Escolar – Ano 01 – nº01/2011
Revista Inclusão – Ano 03 – nº 05/2011
TCC Autismo: Desafio na Alfabetização e no Convívio Escolar -http://www.crda.com.br/tccdoc/22.pdf
http://www.autismonoamazonas.com/2010/11/material-didatico-para-autistas-jogo-de.html
Elaborado por Karla Maria da Silva Medeiros
Coordenação das Deficiências e Transtornos Globais do Desenvolvimento
Serviço de Orientação Pedagógica à Educação Especial
Divisão de Supervisão Escolar
Departamento

domingo, 20 de abril de 2014

Diferenças entre Surdocegueira e Deficiência Múltipla

         A surdocegueira é uma deficiência única que pode ser congênita ou adquirida, nesta o indivíduo possui perdas auditiva e visual simultaneamente mas podendo ser em graus diferentes.
         Existem várias maneiras de uma pessoa surdocega se comunicar.    Pode ser utilizada a Língua Brasileira de Sinais adaptada utilizando-se o tato. Colocando a mão sobre a boca e o pescoço de um intérprete, a pessoa  surdocega  pode sentir a vibração de sua voz e entender o que está sendo dito. Também é possível para o surdo-cego escrever na mão de seu intérprete utilizando um alfabeto manual ou redigir suas mensagens em sistema Braille. Para uma melhor comunicação e assim melhor compreender as necessidades e a maneira de aprender de uma pessoa surdocega são necessárias alguns cuidados como: Ao aproximar-se de um surdocego deixe que ele perceba sua presença com um simples toque;Qualquer que seja o meio de comunicação adotado faça-o gentilmente;Combine com ele um sinal para que ele o identifique;Aprenda e use o método de comunicação que ele souber, mesmo que elementar;Se houver um método mais adequado que lhe possa ser útil, ajude-o a aprender;Tenha a certeza de que ele o está percebendo;Encoraje-o a usar a fala se ele conseguir, mesmo que ele saiba apenas algumas palavras;Se estiverem outras pessoas presentes, avise-o quando for apropriado para ele falar;Avise-o sempre do que o rodeia;Informe-o quando sair, mesmo que seja por um curto espaço de tempo; Assegure-se que fica confortável e em segurança; Se ele precisar de algo para se apoiar durante a sua ausência, coloque a mão dele no que servirá de apoio; Nunca o deixe sozinho num ambiente que não lhe seja familiar;Mantenha-se próximo dele para que ele se aperceba da sua presença;Ao andar deixe-o apoiar-se no braço, nunca o empurre à sua frente;Utilize sinais simples para o avisar da presença de escadas, uma porta ou um carro;Um surdocego que esteja a apoiar-se no seu braço perceberá qualquer mudança no seu andar;Escreva devagar na palma da mão do surdocego utilizando as letras de forma do alfabeto manual.
         Já a deficiência múltipla é a combinação de duas ou mais deficiências, sendo que estas podem se diferenciar de individuo para individuo, podem apresentar cegueira e deficiência mental; deficiência auditiva e deficiência mental; deficiência auditiva e autismo e outros.
         De acordo com a psicopedagoga especialista em Educação Inclusiva, Daniela Alonso, a orientação aos educadores deve ser feita caso a caso, dependendo dos tipos e do grau de comprometimento do aluno. “Mais do que a somatória de deficiências, é preciso levar em conta que há consequências nos diversos aspectos do desenvolvimento da criança que influenciam diretamente a sua maneira de conhecer o mundo externo e desenvolver habilidades adaptativas”, diz.
         Ela aponta que é preciso ficar atento às competências do aluno com deficiência múltipla, usando estimulação sensorial e buscando formas variadas de comunicação, para identificar a maneira mais favorável de interagir com o aluno.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Atendimento Educacional Especializado do aluno com Surdez

             Incluir significa investir em práticas e ideologias de liberdade de expressão e empoderamento de todas as pessoas envolvidas neste processo, sejam alunos, professores, familiares e sociedade.
            A inclusão significa a valorização de todas as técnicas e procedimentos para a aproximação e interação, socialização entre as pessoas de modo que se tenha uma sociedade mais tolerante e criativa. É durante o Atendimento Educacional Especializado que o aluno com surdez deve aprender a Língua de Sinais, pois de acordo com Decreto 5.626 de 5 de dezembro de 2005 o aluno com surdez tem direito de uma educação que garanta uma formação  em que a Língua Brasileira de Sinais e a Língua Portuguesa; preferencialmente na sua modalidade escrita, constituam línguas de instrução, e que o acesso às duas línguas ocorra de forma simultânea no ambiente escolar.
            No entanto como afirma Damázio (2005) ela deve estar presente, informalmente, em todo ambiente da escola em que houver alunos com surdez que se comunicam por meio dela, sendo assim, quanto antes este aluno fizer parte do meio escolar mais cedo será possível criar um ambiente de troca em que todos possam se comunicar e se fazer entender.
            Sabe-se que as questões pedagógicas que envolvem a inclusão de pessoas surdas por muito tempo permaneceu em segundo plano, dando-se ênfase a esta ou aquela língua. Hoje sabe-se que a educação da pessoa com surdez deve ser organizado em ambiente bilíngue, ou seja, que utilize a língua de sinais e língua portuguesa. E o fazer pedagógico é que norteará todo este processo, sendo assim três momentos didático pedagógicos são importantes de serem viabilizados. De acordo com Damásio (2007) estes três momentos: AEE de Libras, AEE em Libras e AEE para o ensino de Língua Portuguesa devem fazer parte da escola comum e inclusiva. 
            No AEE em Libras se fornece a base conceitual dessa língua e do conteúdo curricular estudado na sala de aula comum, o que favorece ao aluno com surdez a compreensão desse conteúdo. Nesse atendimento há explicações das ideias essenciais dos conteúdos estudados em sala de aula comum.  Os recursos didáticos utilizados na sala de aula comum para a compreensão dos conteúdos curriculares são também utilizados no Atendimento comum: o uso de muitas imagens visuais e de todo tipo de referências que possam colaborar para o aprendizado dos conteúdos curriculares em estudo, na sala de aula comum. mural de avisos e notícias, biblioteca da sala, painéis de gravuras e fotos sobre temas de aula, roteiro de planejamento, fichas de atividades e outros.
            O planejamento do Atendimento Educacional Especializado em Libras é feito pelo professor especializado, juntamente com os professores de turma comum e os professores de Língua Portuguesa, pois o conteúdo deste trabalho é semelhante ao desenvolvido na sala de aula comum.
            No AEE para o ensino de Libras na escola comum deve haver um professor e/ou instrutor de Libras que organiza o trabalho do Atendimento Educacional Especializado, respeitando as especificidades dessa língua, principalmente o estudo dos termos científicos a serem introduzidos pelo conteúdo curricular.
            Ele procura os sinais em Libras, investigando em livros e dicionários especializados, internet ou mesmo entrevistando pessoas adultas com surdez, caso não existam sinais para designar determinados termos científicos, analisa os termos científicos do contexto em estudo, procurando entendê-los, a partir das explicações dos demais professores de áreas específicas (Biologia, História, Geografia e dentre outros). Avalia a criação dos termos científicos em Libras, a partir da estrutura linguística da mesma, por analogia entre conceitos já existentes, de acordo com o domínio semântico e/ou por empréstimos exicais. Por meio da Libras é que se verificará a contribuição do Atendimento Educacional Especializado para o aluno com surdez na escola comum. . O AEE em Libras deve oferecer ao aluno com surdez segurança e motivação para aprender.
            O Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa deve acontecer na sala de recursos multifuncionais em que o trabalho desenvolvido deve visar a competência gramatical ou linguística, bem como textual, nas pessoas com surdez, para que sejam capazes de gerar sequências linguísticas bem formadas.             Alguns princípios devem ser considerados como: riqueza de materiais e recursos visuais (imagéticos) para possibilitar a abstração, amplo acervo textual em Língua Portuguesa, dinamismo e criatividade na elaboração de exercícios.
            O atendimento educacional especializado deve ser elaborado e executado em rede, em que todos os profissionais envolvidos se conectam a fim de garantir a qualidade de ensino para o aluno com surdez.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:
DAMÁZIO, M. F. M.; ALVES, C. B; FERREIRA, J. P. Atendimento Educacional Especializado: Abordagem Bilíngue para Pessoas com Surdez. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010.


DAMÁZIO, M. F. M. Educação Escolar de Pessoa com Surdez: uma proposta inclusiva. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2005. 117 p. Tese de Doutorado.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Audiodescrição

Qual criança em alguma etapa de sua infância não gosta de assistir o "Chaves", "Turma da Mônica" e com a criança com deficiência visual não deve ser diferente. Estes videos me fizeram pensar o quanto podemos pecar com estes alunos quando ao contar  uma história achamos que ao ler o que está escrito basta, quando na verdade estamos passando somente  alguns fragmentos, uma história incompleta, ou então colocar um video, um desenho e simplesmente deixar o aluno ouvindo. Na  verdade a riqueza de elementos, cenas descritas além de trazer maior encantamento irá favorecer também para uma escrita mais rica e criativa do aluno.







http://www.youtube.com/watch?v=iUWTqhS5UPI

http://www.youtube.com/watch?v=19syxu4XbUg

sábado, 19 de outubro de 2013

O LÚDICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


O LÚDICO COMO RECURSO PEDAGÓGICO NO DESENVOLVIMENTO DA
CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
            Considerando que o aluno com deficiência intelectual apresenta dificuldades em assimilar conteúdos, faz-se necessária  a utilização de material  pedagógico com temas concretos  e de estratégias metodológicas práticas,  para que esse aluno desenvolva sua capacidade cognitiva, facilitando a construção do conhecimento.
            Para Kishimoto (2003), o trabalho pedagógico poderá utilizar os jogos educativos como recurso didático-pedagógico, promovendo a aprendizagem e
desenvolvendo todas as potencialidades e habilidades nos alunos. Porém, o jogo deve ser praticado de uma forma construtiva e não como uma série de atividades sem sentido, tendo como objetivos o desenvolvimento de capacidades físicas e intelectuais, não esquecendo a importância da socialização.
            O trabalho pedagógico com a criança com deficiência intelectiva,  embora tenha características próprias, o mesmo de acordo com a legislação vigente,  não difere daquele apresentado às crianças comuns ou normais. Antes, deve atender aos mesmos objetivos gerais, proporcionando oportunidades para que os alunos possam integrar-se tanto no processo educacional, como nos demais setores da sociedade. Em hipótese alguma, deve a criança com deficiência intelectiva ter subestimadas as suas potencialidades de desenvolvimento. . A educação lúdica é uma ação inerente na criança, adolescente, jovem, adulto e aparece sempre como uma forma tradicional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo (p. 10).8Freire (2002)  aponta-nos  a importância dos jogos para o desenvolvimento do ser humano, e,  na verdade,  o que temos visto são educadores que têm medo de ensinar a matemática, mas se faz necessário romper paradigmas, para que os alunos possam entender e compreender os conceitos desta área.
            Para Brougère (1992), ao direcionar o olhar para a atividade lúdica,  o educador confronta o eu com a realidade, com a imagem do mundo e da cultura que se quer mostrar à criança. O brinquedo revela dependendo das atividades propostas pelo educador, toda a complexidade  existente entre o real e o irreal, sendo a forma pela qual a criança entende a maioria dos conflitos criados pelas limitações do mundo em que vive.
            Nessa perspectiva,  Tardiff (2002) compreende que a prática escolar exige adaptação constante às circunstâncias particulares das situações de trabalho, em que se lida com seres humanos individualizados, pois é necessário entender que a inclusão consiste em adequar os sistemas sociais gerais da sociedade de tal modo que sejam eliminados os fatores que excluem.
            Desta forma, o ambiente escolar é o lugar onde a ação pedagógica desencadeia o processo de ensino  aprendizagem, através da mediação do professor como agente que irá auxiliar na zona de desenvolvimento proximal do aluno.
            Uma atividade lúdica no contexto escolar deve atender  aos significados existentes nos brinquedos e como estes  objetos podem chegar às mãos das crianças, de modo a proporcionar as mais diversas experiências.
            Embora apresente atrasos no seu desenvolvimento cognitivo e/ou motor, também necessita de atividades lúdicas no seu dia a dia. Talvez,  até mais do que as outras crianças, por necessitar de muito mais estímulos para desenvolver suas habilidades cognitivas, motoras e sensoriais.
            O jogo possibilita à criança deficiente mental aprender de acordo com o seu ritmo e suas capacidades. Há um aprendizado significativo associado à satisfação e ao êxito, sendo este a origem da autoestima.
            Quando esta aumenta, a ansiedade diminui, permitindo à criança participar das tarefas de aprendizagem com maior motivação (IDE, 2008, p. 96).
            Para Kishimoto (2003),  a construção do conhecimento por um aluno com deficiência intelectual é mais complexa, portanto,  os profissionais da área educacional devem valorizar a prática lúdica, entendendo que o jogo pode ser um grande aliado no ato  de ensinar de forma vivencial, pois desde os primeiros anos de vida, os jogos e  as brincadeiras são nossos mediadores na relação com o mundo.
            O educador,  ao desenvolver sua prática pedagógica empregando o lúdico com crianças deficientes intelectuais, precisa entender que todo esse processo irá contribuir para o desenvolvimento do seu potencial, mas somente se houver estimulação adequada.
            O aluno com deficiência intelectual requer um olhar diferenciado em relação  as suas necessidades, pois incumbirá ao professor uma avaliação constante,  elaborando e desenvolvendo as atividades educacionais, sempre respeitando a singularidade do educando.
COLEGAS, O ARTIGO COMPLETO VOCÊS ENCONTRAM NO SEGUINTE ENDEREÇO:

Sugestões de Jogos e Atividades

Tendo em vista que nem sempre as escolas conseguem adquirir jogos que atendam as necessidades de nossos alunos é que escolhi trazer alguns jogos que costumo usar em minha escola. São fáceis de confeccionar e atendem as necessidades  de meus alunos.
  
Jogo das  Cores
Este jogo desenvolve noção e reconhecimento das cores, atenção, noções de mais e menos;
Cada jogador escolhe uma cor, depois um de cada vez joga o dado, o jogador que estiver com a cor que caiu para cima é quem deverá colocar a peça no tabuleiro. Quem completar sua coluna de cores primeiro  vencerá.   
Outras maneiras e regras para o jogo podem ser criadas.
Material: bandeja de ovos, tinta, dado de papel







Bingo de Rótulos

Encapei esta caixa de camisa com EVA,  usei passa-fita e enfeites de perfurador de EVA.
Esta atividade pode ser realizada na sala de AEE ou na sala regular com todos os alunos.
A criança não precisa estar alfabetizada para trabalhar com rót com os alunos se  trabalha com os rótulos, anexando-os em cartazes, lendo, falando com eles sobre as letras, sobre o produto, se eles gostam ou não, enfim, antes de fazer um trabalho com as imagens e os textos, é importante trabalhar com a oralidades das crianças.ulos, desde pequenas já aprendem a ler imagens e símbolos.
É um jogo que  além de trabalhar atenção e memorização instiga  a autoconfiança pois o aluno perceberá que também pode jogar sem auxilio e  sem estar alfabetizado.





Para marcar o bingo, nós usamos tampinha de garrafa pet.

MATERIAL PARA FAZER:

Utilizei para fazer estas cartelas de Bingo: cartolinas, encartes de supermercados, embalagens, rótulos, plástico ofício, tesoura e cola.
Facilita a nomeação das cores, a discriminação visual e manuseio aos alunos com dificuldades de preensão.




Jogo das Formas Geométricas, Números e Quantidades


Desenvolve o reconhecimento das formas geométricas, das cores primárias, além de noção de quantidade.
Para confeccionar este jogo é necessário: papel cartão colorido ou papel duro encapado com as cores que deseja trabalhar, um dado feito de papel cartão plastificado com as cores, um dado com as quantidades, um dado com as formas geométricas.
Primeiramente pode-se deixar que o aluno mesmo organize as fichas, ele poderá separar de acordo com as flores ou formas.Depois, deverá jogar os dados e separar as fichas de acordo com a ordem dos dados. Para alguns alunos é difícil ainda a noção de quantidade, podendo ser jogado a principio somente os dados de cores e formas.




Sugestões de sites:


Histórias Digitais

Desenhando com as Impressões Digitais
https://picasaweb.google.com/professoracleides/DesenhandoComAsImpressoesDigitais#5471286114259443250

Criando com os pés e mãos
http://picasaweb.google.com/100778799685484632031/MaosEPesCriativos
  
Experiências Cientificas 
www2.¬bioqmed.¬ufrj.¬br/¬ciencia/¬Experiencias.¬htm  

http://cmais.com.br/x-tudo/arquivo/listadeexperiencias.htm
ARTES-EXPERIENCIAS-MÁGICAS  

Jogos
http://websmed.portoalegre.rs.gov.br/smed/inclusaodigital/atividades_educativas.htm
http://www.bebele.com.br/?gclid=CKqcjNH9oroCFUie4AodJAsAIQ