A surdocegueira é uma deficiência única que pode ser congênita
ou adquirida, nesta o indivíduo possui perdas auditiva e visual simultaneamente
mas podendo ser em graus diferentes.
Existem várias maneiras de
uma pessoa surdocega se comunicar. Pode
ser utilizada a Língua Brasileira de Sinais adaptada utilizando-se o tato.
Colocando a mão sobre a boca e o pescoço de um intérprete, a pessoa surdocega pode sentir a vibração de sua voz e entender o
que está sendo dito. Também é possível para o surdo-cego escrever na mão de seu
intérprete utilizando um alfabeto manual ou redigir suas mensagens em sistema Braille.
Para uma melhor comunicação e assim melhor compreender as necessidades e a
maneira de aprender de uma pessoa surdocega são necessárias alguns cuidados
como: Ao aproximar-se
de um surdocego deixe que ele perceba sua presença com um simples toque;Qualquer
que seja o meio de comunicação adotado faça-o gentilmente;Combine com ele um
sinal para que ele o identifique;Aprenda e use o método de comunicação que ele
souber, mesmo que elementar;Se houver um método mais adequado que lhe possa ser
útil, ajude-o a aprender;Tenha a certeza de que ele o está percebendo;Encoraje-o
a usar a fala se ele conseguir, mesmo que ele saiba apenas algumas palavras;Se
estiverem outras pessoas presentes, avise-o quando for apropriado para ele
falar;Avise-o sempre do que o rodeia;Informe-o quando sair, mesmo que seja por
um curto espaço de tempo; Assegure-se que fica confortável e em segurança; Se
ele precisar de algo para se apoiar durante a sua ausência, coloque a mão dele
no que servirá de apoio; Nunca o deixe sozinho num ambiente que não lhe seja
familiar;Mantenha-se próximo dele para que ele se aperceba da sua presença;Ao
andar deixe-o apoiar-se no braço, nunca o empurre à sua frente;Utilize sinais
simples para o avisar da presença de escadas, uma porta ou um carro;Um
surdocego que esteja a apoiar-se no seu braço perceberá qualquer mudança no seu
andar;Escreva devagar na palma da mão do surdocego utilizando as letras de
forma do alfabeto manual.
Já a deficiência múltipla é a combinação de duas ou mais
deficiências, sendo que estas podem se diferenciar de individuo para individuo,
podem apresentar
cegueira e deficiência mental; deficiência auditiva e deficiência mental;
deficiência auditiva e autismo e outros.
De
acordo com a psicopedagoga especialista em Educação Inclusiva, Daniela Alonso,
a orientação aos educadores deve ser feita caso a caso, dependendo dos tipos e
do grau de comprometimento do aluno. “Mais do que a somatória de deficiências,
é preciso levar em conta que há consequências nos diversos aspectos do
desenvolvimento da criança que influenciam diretamente a sua maneira de
conhecer o mundo externo e desenvolver habilidades adaptativas”, diz.
Ela
aponta que é preciso ficar atento às competências do aluno com deficiência
múltipla, usando estimulação sensorial e buscando formas variadas de
comunicação, para identificar a maneira mais favorável de interagir com o
aluno.