O LÚDICO COMO
RECURSO PEDAGÓGICO NO DESENVOLVIMENTO DA
CRIANÇA COM
DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Considerando que o aluno com deficiência intelectual
apresenta dificuldades em assimilar conteúdos, faz-se necessária a utilização de material pedagógico com temas concretos e de estratégias metodológicas práticas, para que esse aluno desenvolva sua capacidade
cognitiva, facilitando a construção do conhecimento.
Para Kishimoto (2003), o trabalho pedagógico poderá utilizar
os jogos educativos como recurso didático-pedagógico, promovendo a aprendizagem
e
desenvolvendo todas as
potencialidades e habilidades nos alunos. Porém, o jogo deve ser praticado de
uma forma construtiva e não como uma série de atividades sem sentido, tendo
como objetivos o desenvolvimento de capacidades físicas e intelectuais, não
esquecendo a importância da socialização.
O trabalho pedagógico com a criança com deficiência
intelectiva, embora tenha
características próprias, o mesmo de acordo com a legislação vigente, não difere daquele apresentado às crianças
comuns ou normais. Antes, deve atender aos mesmos objetivos gerais,
proporcionando oportunidades para que os alunos possam integrar-se tanto no
processo educacional, como nos demais setores da sociedade. Em hipótese alguma,
deve a criança com deficiência intelectiva ter subestimadas as suas
potencialidades de desenvolvimento. . A educação lúdica é uma ação inerente na
criança, adolescente, jovem, adulto e aparece sempre como uma forma tradicional
em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do
pensamento individual em permutações constantes com o pensamento coletivo (p.
10).8Freire (2002) aponta-nos a importância dos jogos para o
desenvolvimento do ser humano, e, na
verdade, o que temos visto são
educadores que têm medo de ensinar a matemática, mas se faz necessário romper
paradigmas, para que os alunos possam entender e compreender os conceitos desta
área.
Para Brougère (1992), ao direcionar o olhar para a atividade
lúdica, o educador confronta o eu com a
realidade, com a imagem do mundo e da cultura que se quer mostrar à criança. O
brinquedo revela dependendo das atividades propostas pelo educador, toda a
complexidade existente entre o real e o
irreal, sendo a forma pela qual a criança entende a maioria dos conflitos
criados pelas limitações do mundo em que vive.
Nessa perspectiva,
Tardiff (2002) compreende que a prática escolar exige adaptação
constante às circunstâncias particulares das situações de trabalho, em que se
lida com seres humanos individualizados, pois é necessário entender que a
inclusão consiste em adequar os sistemas sociais gerais da sociedade de tal
modo que sejam eliminados os fatores que excluem.
Desta forma, o ambiente escolar é o lugar onde a ação
pedagógica desencadeia o processo de ensino
aprendizagem, através da mediação do professor como agente que irá
auxiliar na zona de desenvolvimento proximal do aluno.
Uma atividade lúdica no contexto escolar deve
atender aos significados existentes nos
brinquedos e como estes objetos podem
chegar às mãos das crianças, de modo a proporcionar as mais diversas
experiências.
Embora apresente atrasos no seu desenvolvimento cognitivo
e/ou motor, também necessita de atividades lúdicas no seu dia a dia.
Talvez, até mais do que as outras
crianças, por necessitar de muito mais estímulos para desenvolver suas
habilidades cognitivas, motoras e sensoriais.
O jogo possibilita à criança deficiente mental aprender
de acordo com o seu ritmo e suas capacidades. Há um aprendizado significativo
associado à satisfação e ao êxito, sendo este a origem da autoestima.
Quando esta aumenta, a ansiedade diminui, permitindo à
criança participar das tarefas de aprendizagem com maior motivação (IDE, 2008,
p. 96).
Para Kishimoto (2003),
a construção do conhecimento por um aluno com deficiência intelectual é
mais complexa, portanto, os
profissionais da área educacional devem valorizar a prática lúdica, entendendo
que o jogo pode ser um grande aliado no ato
de ensinar de forma vivencial, pois desde os primeiros anos de vida, os
jogos e as brincadeiras são nossos
mediadores na relação com o mundo.
O educador, ao
desenvolver sua prática pedagógica empregando o lúdico com crianças deficientes
intelectuais, precisa entender que todo esse processo irá contribuir para o
desenvolvimento do seu potencial, mas somente se houver estimulação adequada.
O aluno com deficiência intelectual requer um olhar
diferenciado em relação as suas
necessidades, pois incumbirá ao professor uma avaliação constante, elaborando e desenvolvendo as atividades
educacionais, sempre respeitando a singularidade do educando.
COLEGAS, O ARTIGO COMPLETO VOCÊS ENCONTRAM NO SEGUINTE ENDEREÇO:
Sugestões de Jogos e Atividades
Tendo em vista que nem sempre as escolas conseguem adquirir jogos
que atendam as necessidades de nossos alunos é que escolhi trazer alguns jogos
que costumo usar em minha escola. São fáceis de confeccionar e atendem as necessidades
de meus alunos.
Jogo das Cores
Este jogo desenvolve noção e reconhecimento das cores, atenção, noções
de mais e menos;
Cada jogador escolhe uma cor, depois um de cada vez joga o dado, o
jogador que estiver com a cor que caiu para cima é quem deverá colocar a peça
no tabuleiro. Quem completar sua coluna de cores primeiro vencerá.
Outras maneiras e regras para o jogo podem ser criadas.
Material: bandeja de ovos, tinta, dado de papel
Bingo de Rótulos
Encapei esta caixa de camisa com EVA, usei passa-fita e enfeites de perfurador de
EVA.
Esta atividade pode ser realizada na sala de AEE ou na sala regular com todos
os alunos.
A criança não precisa estar
alfabetizada para trabalhar com rót com os alunos se trabalha com os rótulos, anexando-os em cartazes, lendo, falando com eles sobre as letras, sobre o produto, se eles gostam ou não, enfim, antes de fazer um trabalho com as imagens e os textos, é importante trabalhar com a oralidades das crianças.ulos, desde pequenas já aprendem a ler
imagens e símbolos.
É um jogo que
além de trabalhar atenção e memorização instiga a autoconfiança pois o aluno perceberá que
também pode jogar sem auxilio e sem
estar alfabetizado.
Para marcar o bingo, nós usamos
tampinha de garrafa pet.
MATERIAL PARA FAZER:
Utilizei para fazer estas cartelas de
Bingo: cartolinas, encartes de supermercados, embalagens, rótulos, plástico
ofício, tesoura e cola.
Facilita a nomeação das cores, a discriminação visual e manuseio aos
alunos com dificuldades de preensão.
Jogo das Formas Geométricas, Números e Quantidades
Desenvolve o reconhecimento das formas geométricas, das cores primárias, além de noção de quantidade.
Para confeccionar este jogo é necessário: papel cartão colorido ou papel duro encapado com as cores que deseja trabalhar, um dado feito de papel cartão plastificado com as cores, um dado com as quantidades, um dado com as formas geométricas.
Primeiramente pode-se deixar que o aluno mesmo organize as fichas, ele poderá separar de acordo com as flores ou formas.Depois, deverá jogar os dados e separar as fichas de acordo com a ordem dos dados. Para alguns alunos é difícil ainda a noção de quantidade, podendo ser jogado a principio somente os dados de cores e formas.